Alguns alimentos contém uma boa dose de fibras solúveis, que ajudam a reduzir os níveis de colesterol no sangue. Essas fibras, ligam-se ao colesterol e seus precursores que chegam no sistema digestivo depois de uma alimentação e os eliminam com as fezes. Outros fornecem gorduras poliinsaturadas, que reduzem o colesterol mau (LDL) por ação direta e ainda existem vegetais ricos em esteróis e estanóis que atuam reduzindo a absorção de colesterol.
1 – Aveia: Uma maneira fácil de começar a baixar o colesterol é escolher aveia ou um cereal à base de aveia no café da manhã. Com isso você ganha 1 a 2 gramas de fibra solúvel. Ao adicionar uma banana ou alguns morangos podem dar mais meio grama de fibra solúvel.
2 – Feijão: Feijões são especialmente ricos em fibras solúveis. Além disso, como são alimentos de digestão lenta, proporcionam saciedade por algum tempo.
3 – Nozes: Vários estudos mostram que comer amêndoas, nozes, amendoim e outros frutos secos é bom para o coração. Comer 50 gramas de nozes por dia pode reduzir os níveis do LDL , na ordem de 5%.
4 -Alimentos enriquecidos com esteróis e estanóis: (Os esteróis podem ser encontrados naturalmente e em pequenas quantidades em muitas frutas, legumes, frutos secos, sementes, leguminosas, óleos vegetais, entre outros, sendo um constituinte essencial das membranas celulares. Por sua vez, os estanóis podem ser encontrados em quantidades menores ainda, em muitas das mesmas fontes, contudo, são passíveis de ser obtidos, para utilização comercial, a partir da hidrogenação dos esteróis vegetais.) Esteróis e estanóis extraídos de plantas têm a capacidade de impedir a absorção do colesterol pelo nosso organismo. Ao ingerir 2 gramas de esteróis e estanóis vegetais por dia pode-se reduzir o colesterol de LDL de cerca de 10%.
5- Os peixes gordos: Ao comer peixes duas ou três vezes por semana pode-se reduzir o LDL de duas maneiras: substituindo a carne, que tem gorduras saturadas que aumentam o LDL, e por ingerir gorduras omega-3 que abaixam os níveis de LDL. Ômega-3 reduz triglicérides na corrente sanguínea e também protegem o coração, ajudando a prevenir o aparecimento de perturbações do ritmo cardíaco.
Mas… fique longe de …
1- Gorduras saturadas. As gorduras saturadas encontradas em carnes vermelhas, leite e outros alimentos lácteos, que podem aumentar diretamente o LDL. Assim, uma maneira de diminuir o LDL é cortar a gordura saturada.
2 –Tente substituir a carne vermelha pela carne dos peixes e das aves.
3 – Gorduras trans. As gorduras trans são um subproduto da reação química que transforma óleos vegetais líquidos em margarina sólida e que impedem óleos vegetais líquidos de ficarem rançosos. As gorduras trans aumentam o LDL do mesmo modo que as gorduras saturadas. Elas também reduzem os níveis do HDL (bom colesterol), aceleram a inflamação e aumentam a tendência para a formação de coágulos sanguíneos dentro dos vasos sanguíneos.
4 – A gordura trans começou a ser usada em larga escala a partir dos anos 1950, como alternativa à gordura de origem animal, pois acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde. Estudos posteriores, no entanto, descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias. Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade.
5 – A gordura trans não é sintetizada pelo organismo e, por isso, não deveria ser consumida nunca. Mas, como isso é quase impossível, o Ministério da Saúde determinou que é aceitável consumir até 2g da gordura por dia, o que equivale a quatro biscoitos recheados. Mesmo tendo isso em mente, um dos grandes problemas para o consumidor é conseguir perceber com clareza quanta gordura trans existe em cada alimento.
6 – A Anvisa determinou que, quando uma porção do alimento possuir até 0,2% da gordura, o rótulo pode dizer que o produto não tem gordura trans, ou seja, se a embalagem traz os valores referentes à porção de dois biscoitos e esses contiverem 0,2g de gordura trans, o fabricante pode afirmar que o produto é livre dela. Mas, na verdade, se uma pessoa comer 20 biscoitos terá consumido os 2g da gordura.
Por isso, o melhor jeito do consumidor ter certeza do que está comprando é verificar a lista de ingredientes para checar se não existe gordura vegetal hidrogenada na composição do produto. Vale lembrar que os alimentos que mais contêm gordura trans são bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos e todos os alimentos que tem margarina na composição.