Sarcopenia é a perda progressiva e generalizada de força e de massa muscular. Está relacionada a elevados índices de mortalidade em pessoas idosas, bem como ao aumento do risco de quedas e fraturas, acabando por afetar a qualidade de vida da pessoa idosa. Sua presença pode resultar em fragilidade, incapacidade e associação com várias doenças como a osteoporose, doença cardíaca, doença respiratória e transtornos cognitivos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), cerca de 15% dos brasileiros têm sarcopenia a partir dos 60 anos de idade, chegando a 46% após os 80 anos.
Por mais que a sarcopenia seja associada ao envelhecimento, seu desenvolvimento pode começar mais cedo na vida, e acredita-se que muitos fatores estejam implicados. Desta forma, existe uma sarcopenia primária, desencadeada pelo próprio processo fisiológico de envelhecer, e uma secundária, relacionada a presença de determinados fatores chamados de risco, destacando-se entre eles, o sedentarismo, a desnutrição etc..
A diminuição da força e do número de fibras musculares é mais evidenciado em pessoas com estilo de vida sedentário em comparação com pessoas que são fisicamente mais ativas. O sedentarismo pode ser consequência do estilo de vida da pessoa, mas também pode encontrar-se relacionado a situações de repouso prolongado como, por exemplo, grande período que uma pessoa permaneça acamada.
Algumas doenças, quando presentes, podem, por sua própria ação, estarem associadas ao aparecimento de sarcopenia, tais como insuficiência renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, infecções e insuficiência cardíaca congestiva e principalmente na síndrome do pós Covid-19.
O vírus SarsCov-2, o coronavírus, pode agredir diretamente as fibras musculares determinando perda muscular importante levando a sarcopenia, que pode ser exacerbada nos pacientes hospitalizados, por conta da inatividade nos leitos hospitalares.
Uma das maiores queixas dos pacientes que recebem alta dos hospitais, após longa permanência por conta do coronavírus, é a fraqueza muscular, levando em alguns casos, a necessidade de cadeira de rodas, tal grave é a sarcopenia.
Muitos estudos confirmaram o impacto positivo dos exercícios de resistência na massa muscular tanto em idosos quanto no pós Covid-19, mas devido a limitação física, aversão a exercícios regulares ou pelo isolamento social da pandemia, a grande maioria dos pacientes não atingem as doses de exercício necessárias para combater a sarcopenia.
Uma das alternativas terapêuticas que vem sendo utilizadas e estudadas atualmente é a eletro estimulação de corpo inteiro, uma nova tecnologia, que aplicada durante exercícios de curta duração vem tendo excelentes resultados no combate a sarcopenia e a osteoporose.
FONTE: Kemmler,W. ; Bebenek,M. – Impact of whole -body electromyostimulation on body composition in elderly women at risk for sarcopenia: th Training and ElectroStimulation Trial ( TEST-III). AGE – DOI 10.1007/s11357-013-9575-2