Estimar a suscetibilidade probabilística de um indivíduo à predição de risco de doença – é fundamental para a tomada de decisão clínica, especialmente no contexto da detecção precoce da doença e prevenção de condições comuns de início na idade adulta. Além disso, esse procedimento é uma ferramenta poderosa para a gestão de saúde pessoal quando comunicada e entendida de forma eficaz.
Atualmente, a predição de risco clínico para doenças de início comum em adultos muitas vezes depende de características demográficas básicas, como idade, gênero e etnia; parâmetros básicos de saúde e fatores de estilo de vida, como índice de massa corporal, tabagismo, consumo de álcool e hábitos de exercícios físicos; mensuração de fatores de risco clínicos da doença, tais como níveis pressóricos, bioquímicos do sangue ou biomarcadores indicativos de processos de doença em andamento; determinação de exposições ambientais, como poluição do ar, metais pesados e outras toxinas ambientais; e história da família. Isto quer dizer que, analisamos todos os fatores que podem ser causadores de doenças, sob o ponto de vista global, usando um resultado médio de todos os estudos estatísticos realizados no mundo todo. Tratamos os pacientes com base nas evidências e nos estudos científicos publicados na literatura médica, ou seja, nossa referência é a média de todas as pessoas que estiveram nas investigações.
Isso, até certo ponto explica situações onde prescrevemos um medicamento que é eficaz para uns e não para outros, ou quando pacientes tem importantes efeitos colaterais logo no primeiro comprimido que tomam, e outros não tem resultado algum com o mesmo remédio.
A inteligência genética veio solucionar esse dilema! A introdução na prática clínica dos testes genéticos veio trazer para os profissionais de saúde, um enorme reforço para o diagnóstico precoce de muitas doenças e principalmente na sua prevenção, além de propiciar ao clínico, através da farmacogenética, subsídio importante para a escolha do medicamento adequado para cada paciente em particular.
Do ponto de vista prático, vale a pena ressaltar que a realização desses testes é muito simples e a colheita do DNA necessária para a realização do exame, é feita pelo próprio paciente, através de um esfregaço na bochecha. O material recolhido é enviado ao laboratório de genética para análise.
Vários são os perfis genéticos analisados. Na nossa clínica utilizamos os perfis para obesidade, doenças cardiovasculares, longevidade, mal de Alzheimer, alterações do colesterol e depressão.
Com os resultados em mãos podemos orientar o paciente objetivando dar as diretrizes corretas para que silenciem os maus genes e ativem os bons, prevenindo assim a ocorrência de doenças que porventura herdaram.