De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 167 milhões de pessoas morreram em 2002 devido às doenças cardiovasculares, correspondendo a um terço de todas as mortes ocorridas nesse ano, em todo o planeta. Estima-se que em 2020 as doenças cardíacas e o acidente vascular cerebral (ou derrame como erradamente ainda dizem) poderão ser responsáveis por mais de 20 milhões de mortes por ano.
As doenças cardiovasculares causam 8,5 milhões de mortes entre mulheres anualmente, sendo responsável por um terço de todas as mortes do sexo feminino no mundo todo. É a maior causa de morte entre as mulheres. Em países desenvolvidos, metade dessas mortes ocorrem em mulheres com mais de 50 anos.
A doença cardiovascular é a principal causa de morte na União Européia, ocasionando mais de 1,5 milhões de mortes por ano. De todas as mortes, 42% são devido a doenças cardiovasculares (46% homens e 38% mulheres).
Os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que a taxa dos casos de doença cardiovascular em homens foi maior na Finlândia e menor na China. Nas mulheres essa taxa foi maior na Grã-Bretanha e menor na Espanha e na China.
Quinze milhões de pessoas sofrem de acidente vascular cerebral a cada ano e cinco milhões delas ficam com sequelas, impedindo-as de terem vida normal. Cinco milhões e meio de pessoas morreram devido ao AVC em 2002. A mortalidade é maior entre as mulheres do que entre os homens: três milhões de mulheres morrem dessa enfermidade por ano.
Cerca de 35 mil portugueses morrem anualmente por doenças cardiovasculares, que continuam a ser a principal causa de morte e representam um terço de toda a mortalidade da população em Portugal. Dessas mortes, calcula-se que 20 mil sejam por acidentes cerebrovasculares e mil por enfartes do miocárdio.
No Brasil os números também são sombrios, pois em 2016, quase 350.000 brasileiros morreram por problemas cardiovasculares, representando cerca de 30% de todas as causas de mortalidade. É fácil concluir, com esses dados oferecidos pelo Ministério da Saúde, que essas expressivas taxas de mortalidade conduzem as autoridades sanitárias do país a um processo de busca dos fatores de risco que desencadeiam essas doenças, com o objetivo da prevenção dessas moléstias.
A doença cardiovascular é mais comum na população acima dos 60 anos, embora venha ocorrendo com mais frequência na população mais jovem. O risco de sofrer de doença cardiovascular aos 40 anos é de 49% em homens e 32% em mulheres, de acordo com o Framinghan Heart Study. Se atingir a idade de 70 anos livre da doença, o risco cardiovascular é 35% em homens e 24% nas mulheres.
Não existe doença tão prevalente e tão dispendiosa para a sociedade quanto a doença cardiovascular, daí a enorme preocupação em analisar os aspectos preventivos da enfermidade, tendo em vista o grande sofrimento causado nas famílias pela perda de entes queridos, bem como o enorme rombo financeiro causado em todos os sistemas de saúde do mundo todo.